A década de 70 foi um período que marcou muito a cultura de um modo geral. Cinema, literatura, televisão, moda e música são só alguns dos segmentos que sofreram diversas mudanças e tiveram novos estilos surgindo. Foi uma época marcada pela quebra de tabus e também pela constante busca de liberdade. Os anos que se seguiram tiveram uma carga política e cultural que refletiram em diversos setores da sociedade.

Em 1969, tivemos o Woodstock, um festival de música ligado fortemente ao movimento de Contracultura que se desenvolveu nas décadas de 50 e 60. Esse evento deu abertura para que o estilo Hippie ganhasse cada vez mais espaço a partir de 1970. Os jovens hippies pregavam a filosofia da paz e amor e tinham um modo de se vestir bem peculiar: calças bocas de sino, cabelos longos, camisetas com estampas extravagantes e barbas longas. Foi um verdadeiro marco para a moda e música desse período.

Outro movimento que ganhou mais espaço foi o Punk. Ele surgiu em 1974, nos Estados Unidos. Seu estopim se deu quando os clientes de uma casa de shows em Nova York apoiaram bandas que se opunham ao estilo de rock de outras bandas. Na Inglaterra, esse estilo teve grande destaque, principalmente, devido ao período político pelo qual o país passava. O punk sofreu influência de movimentos situacionista, anarquista e socialista. Bandas como Sex Pistols e The Clash são bons exemplos de grupos que utilizavam de discursos políticos em suas letras.

O estilo Glam Rock também marcou essa década. Criado na Inglaterra, ele é marcado pelas roupas com purpurina, lantejoulas, saltos altos e paetês. É uma estética bem chamativa que conquistou muitas pessoas. Suas músicas tinham como inspiração a revolução sexual e falavam, principalmente, de temas como amor e sexo. Um bom exemplo de cantor desse gênero e que tem suas músicas escutadas até hoje é o David Bowie, conhecido por seu visual extravagante e andrógino. Já no Brasil, um bom exemplo desse estilo é o grupo Secos e Molhados.

Indo na direção contrário do rock, também tivemos o gênero Disco atingindo seu ápice na década de 70. Esse estilo se popularizou principalmente entre os negros, gays e latino-americanos que frequentavam as discotecas. Foi um movimento que apoiava a liberdade de expressão, dando voz para as minorias e mulheres, denominadas divas pelos amantes desse estilo. Suas principais influências são o funk, soul e a música latina, gerando batidas bem agitadas e atrativas para o público que gosta de dançar. Artistas que se consolidaram dentro desse gênero são Dona Summer, recebendo o título de “Rainha do Disco”, e Bee Gees.

Analisando esses três estilos, percebe-se que as músicas dos anos 70 apresentaram muita variedade e tiverem uma grande importância para as décadas posteriores.  No Brasil, tivemos um movimento denominado Tropicália, muito conhecido por suas letras cheias de discursos que se opunham ao governo ditatorial vigente no Brasil desde 1964. Os artistas aproveitavam qualquer oportunidade para expor sua opinião política, e a cultura foi um meio fundamental para eles exporem seus pensamentos. Mídias como cinema, teatro, quadros e principalmente a música, foram ferramentas essenciais que colaboraram para o crescimento da Tropicália. Dentro desse movimento, os artistas mais conhecidos são Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa.

Percebe-se que a década de 70 foi marcada por uma efervescência cultural extremamente relevante. Diversas obras e artistas ganharam destaque nesse período, mostrando seu valor e importância para as gerações futuras. E a música, principalmente, passou por diversos movimentos e gêneros, destacando o quanto esse segmento da cultura pode ser importante para a sociedade.

                                                          Esse texto é uma parceria com o blog Uppermag